segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

EUA, Coreia do Sul e Japão iniciam reunião com minuto de silêncio por ataque


EUA, Coreia do Sul e Japão iniciaram nesta segunda-feira em Washington uma reunião trilateral com um minuto de silêncio pelas vítimas do recente ataque norte-coreano a uma ilha sul-coreana, em mensagem clara de união e condenação às ações de Pyongyang. A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, abriu o encontro com seus colegas da Coreia do Sul, Kim Sung-hwan, e do Japão, Seiji Maehara, à qual qualificou de "marco" por ser a primeira realizada neste formato, pedindo um minuto de silêncio pelas vítimas do ataque norte-coreano contra a ilha de Yeonpyeong, que deixou quatro mortos, dois civis e dois militares sul-coreanos.
A chefe da diplomacia americana, que havia se reunido previamente separadamente com seus dois colegas, ressaltou a "forte" aliança entre os três países, e explicou que EUA, Japão e Coreia do Sul se reúnem em um momento de "grande preocupação" no Nordeste da Ásia pelos "ataques provocativos" da Coreia do Norte.
"Estamos comprometidos com nossos parceiros e com a preservação da paz no Nordeste da Ásia e na península coreana", assegurou Hillary em breves declarações às três delegações e aos meios de comunicação no Departamento de Estado.
A reunião foi realizada sem a presença de outros dois importantes parceiros do diálogo de seis lados (EUA, as duas Coreias, Japão, Rússia e China): Moscou e, principalmente, Pequim, o maior aliado de Pyongyang.
O ministro de Exteriores japonês, Seiji Maehara, ressaltou a importância da reunião dos três ministros para condenar conjuntamente o ataque contra Yeonpyeong e "enlaçar" os esforços em prol da estabilidade e da paz na península coreana e no Nordeste da Ásia.
Expressou o desejo de trabalhar com os EUA e a Coreia do Sul para responder com determinação ao comportamento de Pyongyang.
Também procura que Rússia e China se impliquem com "firmeza" na estratégia das três potências para conseguir que a Coreia do Norte abandone seu programa nuclear e participe da declaração conjunta de 2005.
Uma maneira de fazer com que Rússia e China se juntem a EUA, Coreia do Sul e Japão com a mesma determinação e a mesma linguagem clara e condenatória será discutida pelas três nações na reunião trilateral.
Por outra parte, a chefe da diplomacia sul-coreana, considerou que a reunião ocorre em um momento "muito apropriado" e que a cooperação entre as três potências é "imprescindível" após a revelação do programa de enriquecimento de urânio de Pyongyang e após o ataque contra a Coreia do Sul.
Kim Sung-hwan, disse que espera manter conversas a fundo com seus dois colegas nestas ações da Coreia do Norte e também sobre como conseguir a cooperação da Rússia e da China.
"Espero que possamos, com esta reunião, aprofundar a cooperação", concluiu.
Os três ministros oferecerão ao término da reunião trilateral uma entrevista coletiva conjunta.

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