Córdoba diz que espera ajuda do Brasil em libertações


ANSA

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva já prestou auxílio logístico em ocasiões anteriores, como em março deste ano, quando as autoridades brasileiras enviaram um helicóptero para receber um soldado colombiano que era mantido como refém há 12 anos.
De Buenos Aires, Córdoba também disse à rádio colombiana Caracol que a libertação pode ocorrer em aproximadamente um mês. Ela afirmou que assim que os guerrilheiros "entregarem as coordenadas", "eu colocaria mais ou menos um mês [de prazo para] que estejamos saindo e continuando com as libertações". "Acredito que não há nenhum inconveniente", acrescentou ela.
Córdoba teve seu mandato cassado pela Procuradoria Geral da Colômbia e se tornou inelegível por 18 anos sob a acusação de ter cooperado com as Farc. Seu envolvimento com o grupo começou a ser investigado após serem descobertos documentos com seu nome no computador pessoal de Raúl Reyes, ex-número dois da guerrilha colombiana, morto em um ataque das forças do exército do país em um acampamento no Equador, em 2008.
A ex-parlamentar apontou também que espera se reunir com o presidente Juan Manuel Santos ao retornar à Colômbia e atestou que este último anúncio das Farc abre a possibilidade para "uma possível negociação política" entre as partes do conflito.
Hoje o governo de Santos comunicou, por meio de um informe emitido pela Casa de Nariño, que "está disposto a garantir todas as condições de segurança requeridas para a mencionada libertação com a maior brevidade possível".
O documento atesta também que as autoridades colombianas têm a disponibilidade de "autorizar a doutora Piedad Córdoba para adiantar os trabalhos de facilitação que conduzam a dita libertação, sempre e quando as mesmas se façam com absoluta e total discrição".
A presidência colombiana manifestou ainda que em breve será decidido o "interlocutor" oficial para o processo de resgate e aproveitou para exigir das Farc a libertação "imediata" de todos os sequestrados que ainda estão sob sua guarda.
Ontem a guerrilha anunciou, por meio de seu site Anncol, que iria libertar três oficiais das forças de segurança da Colômbia e dois dirigentes políticos como forma de "desculpas à senadora da paz", em referência a Córdoba.
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