Sony Ericsson vende menos e tem lucro modesto no 4º trimestre

Fabricante de celulares viu a receita com vendas recuar 13% em comparação com 2009; lucro líquido foi de 8 milhões de euros

A fabricante de celulares Sony Ericsson anunciou nesta quinta-feira que teve lucro líquido pelo quatro trimestre consecutivo, após quase dois anos de perdas.

Apesar de um recuo nas vendas, a empresa cortou custos e conseguiu alcançar lucro modesto de 8 milhões de euros (aproximadamente R$ 13,4 milhões) nos últimos três meses de 2010. Um ano antes, a fabricante registrou prejuízo de 167 milhões de euros.

Leia também:

• Samsung compra empresa de tecnologia Liquavista

Em 2010, a empresa, que é fruto de uma joint venture entre L.M Ericsson e Sony Corp., registrou lucro de 90 milhões de euros, revertendo o prejuízo de 836 milhões de euros no ano anterior.
Para o diretor-executivo da Sony Ericsson, Bert Nordberg , 2010 foi o ano da virada. "Nossos quatro trimestres consecutivos de lucro refletem o sucesso de nossa mudança para um portfólio de smartphones baseados no sistema Android (do Google)", disse o executivo em comunicado.
Para 2011, a fabricante declarou que espera "um crescimento modesto em unidades no mercado mundial de aparelhos".
Vendas
No quarto trimestre, a receita com vendas recuou 13% em relação ao mesmo período de 2009, para 1,53 bilhão de euros. O resultado ficou bem abaixo do esperado por analistas de mercado.
Em 2010, o faturamento com vendas recuou 7,3%, para 6,29 bilhões de euros. Ao todo, foram comercializados 43,1 milhões de dispositivos, abaixo da marca de 53,1 milhões de unidades vendidas em 2009. Mas o preço médio por aparelho aumentou de 119 euros para 146 euros em 2010.
O mercado global de celulares comercializou 1,2 bilhão de aparelhos em 2010, segundo estimativa da Sony Ericsson. A empresa prevê que sua participação de mercado, em volume de unidades, tenha avançado de 3% em 2009 para 4% no ano passado.
Despesas
A empresa também reportou uma redução anual de 880 milhões de euros em despesas operacionais, como resultado da demissão de 4 mil funcionários globalmente. A despesa com a reestruturação foi de 381 milhões de euros, informou a companhia.