sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Renault suspeita que executivos espionavam para a China

Vazamento de informações se refere à bateria e aos motores dos futuros veículos elétricos que a Renault deve lançar a partir de 2012

Por Agência EFE
A montadora francesa Renault, vítima de um caso de espionagem industrial por parte de três de seus executivos, investiga se eles transmitiram informações sobre seu programa de carro elétrico à China, conforme publica nesta sexta-feira o jornal "Le Figaro". Os serviços secretos franceses também seguem a pista chinesa na investigação que abriram, assegura o periódico. O vazamento se refere à bateria e aos motores dos futuros veículos elétricos que a Renault deve lançar a partir de 2012.
Segundo a publicação, os três altos executivos incriminados venderam patentes ainda não registradas a intermediários especializados em inteligência econômica. O destinatário final desses elementos pode ser um grupo chinês, segundo fontes internas da Renault citadas pelo jornal.
A direção da marca reconheceu a existência das suspeitas de espionagem, embora não tenha dado elementos sobre a mesma nem revelado a identidade dos executivos envolvidos, embora assinale que estuda apresentar uma denúncia.
O "Le Figaro" assegura que entre os envolvidos se encontra um membro do comitê de direção e responsável pela divisão de projetos, um adjunto do diretor do projeto de veículos elétricos e outro diretor. Os três eram investigados pelo grupo há meses, até que na segunda-feira passada membros de seu comitê de ética entraram em seus escritórios, recolheram material e lhes informaram que estavam afastados de suas funções.

Segundo a publicação, a espionagem afetou essencialmente os projetos da Renault no desenvolvimento de um carro elétrico, no qual a marca francesa investiu 4 bilhões de euros junto com a  japonesa Nissan e mobilizou 1.700 engenheiros.
O projeto já gerou 56 patentes e o grupo espera registrar outras 34, enquanto outras 115 estão sendo analisadas. Boa parte do investimento se destina ao desenvolvimento da bateria, à qual a Renault destinou 1,5 bilhão de euros.

Segundo o "Le Figaro", a China reuniu um grupo de 16 fabricantes públicos para desenvolver o veículo elétrico e investiu na criação da bateria 1,360 bilhão de euros. EFE

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